Para os fãs de Clarice Lispector que curtem objetos para a casa, um objeto de desejo: “A Paixão Segundo G.H.” inspirou o trabalho gráfico, sobre porcelana, de sua neta, a artista plástica Mariana Valente. Uma galeria com as peças, que são vendidas em conjunto com o livro, pode ser vista aqui. Logo na primeira página do livro, Clarice manda o seguinte recado:
“A possíveis leitores
Este livro é como um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada. Aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente – atravessando inclusive o oposto daquilo de que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém. A mim, por exemplo, o personagem G.H. foi dando pouco a pouco uma alegria difícil; mas chama-se alegria.”
“A Paixão Segundo G.H.” foi meu primeiro contato com Clarice Lispector, há exatos 20 anos. Foi um dos livros mais difíceis que já li, mas foi me dando, pouco a pouco, a alegria de descobrir Clarice. É uma alegria difícil, mas chama-se alegria.
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