Ela chorava por Ramon, que se deixou fotografar com outra. Não satisfeito, exibiu a foto na internet. Estava feliz na foto, o infeliz!
– Mas você não namora o Ramon, quer o quê? Que ele fique te esperando sentado, a vida toda sem ninguém?
– Quero! Eu sei que não namoro ele, mas fiquei triste quando vi a foto. Caiu até lágrima do meu olho.
– Problema é que R-a-m-o-n, se embaralha, resulta a-m-o-R e o tal do amor às vezes embaça o olho mesmo. Ah, não! Dá amor, não, tá salva: sobra um “n” no Ramon.
– “n” de NADA, que é o que sobra entre nós!
– Faz assim: arranja mais um “o” e embaralha de novo. Dá n-a-m-o-R-o. Bem no meio do n-a-m-o-R-o, a-m-o-R, e embaralhadinho dentro dele, “o R-a-m-o-n”!
Sorriu e enxugou as lágrimas. Foi ligar para o Ramon.
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