O Templo Cultural Delfos de vez em quando traz um presente desses. Aí embaixo vai uma provinha, mas tem um banquete completo servido aqui.
“Minhas mãos doceiras…
Jamais ociosas.
Fecundas. Imensas e ocupadas.
Mãos laboriosas.
Abertas sempre para dar,
ajudar, unir e abençoar.
Mãos de semeador…
Afeitas à sementeira do trabalho.
Minhas mãos são raízes
procurando terra.
Semeando sempre.”
— Cora Coralina, em trecho do poema “Estas mãos”, do livro “Meu livro de cordel”. São Paulo: Global Editora, 1998.
***
“Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
Não escrevo jamais de forma
consciente e raciocinada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.
[…]
Sou mais doceira e cozinheira
do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.”
— Cora Coralina, em trecho do poema “Cora Coralina, quem é você?. do livro “Meu livro de cordel”. São Paulo: Global Editora, 1998.
Foto: Acervo © Museu Casa de Cora Coralina, via Templo Cultural Delfos
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