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Poesia: retrato do avesso

2017-03-27T20:30:51-03:00segunda-feira, 27 de março de 2017|

O que queria? Que a poesia fizesse alarde feito retrato, que faz alvoroço sem esforço e sempre. E se o queria, é que a poesia retrato é, fotograma do avesso do que se vê. E quantos avessos têm trama tão mais bacana que seus direitos - já quantas vezes os preferi

Retrato do artista quando coisa

2020-12-03T16:34:10-03:00segunda-feira, 27 de março de 2017|

A  maior riqueza do homem é sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que

O amor é um mergulho

2017-03-26T12:52:10-03:00domingo, 26 de março de 2017|

COQUEIRAL (Matilde Campilho) A saudade é um batimento que rebenta assim vinte e oito vezes desde meu ombro tatuado de desastre até à rosa pendurada em sua boca E o amor, neste caso específico, é um mergulho destemido que deriva quase sempre de uma nota climática apenas para convergir no

Bem-vindo, Outono!

2017-03-20T20:47:51-03:00segunda-feira, 20 de março de 2017|

É outono no hemisfério sul. Tomo emprestados, ao revés, os antigos ritos pagãos de primavera e planto minhas sementes, acreditando no equilíbrio entre dia e noite. Deixo que a natureza, generosa em sua sabedoria, me instrua. Celebro a mãe terra. Tempo de fazer podas necessárias, ainda que aparentemente violentas. Tempo

Buiú

2017-03-10T21:00:07-03:00sexta-feira, 10 de março de 2017|

De novo te encontro, percorrendo linhas antigas, mas na verdade te reencontro sempre. Foi encontro casual, como foi aquele primeiro nosso, há tanto tempo, encontro que nos uniu tanto e tão especial, tão espontâneo que me fez, por muito tempo, questionar a bondade do Tempo. Achava que se ele, Tempo, fosse

Isso ou aquilo (ou: o espaço dos nossos anseios)

2018-02-27T17:16:34-03:00quarta-feira, 8 de março de 2017|

Hoje acordei, Dia da Mulher, e fui logo dar uma olhada no que a mulherada anda querendo. Encontrei um discurso em que a mulher queria isso (opa, eu também!) e mais isso (idem, idem) e isso também (same here!, dedinho levantado). Fui gostando do discurso e me encontrando, até que (epa!):

O que o amor que nos dão nos dá

2020-02-18T22:11:31-03:00sexta-feira, 3 de março de 2017|

Agora eles vão no banco de trás e eu é que cuido que seus cintos de segurança estejam travados. Vão-se deslumbrado com cada árvore florida na estrada e nos dizendo para olhar aquela e aquela outra, que lindas!, como costumavam dizer há muitos anos. Hoje me dou conta, nem sempre

Tão clichê… mas quem não é?

2018-03-31T22:48:36-03:00quinta-feira, 2 de março de 2017|

Todo indivíduo, em toda parte, pensa que é e quer ser único, mas vida vai, vida vem e acabamos todos, um dia - quase todo dia -, caindo em um e outro clichê. Outro dia vi, num vídeo, um gato que conversava e noutro, um outro que cutucava pedindo carinho e comida, iguais

TRAPPIST-1: Sete chances para a Vida

2017-02-25T09:22:22-03:00sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017|

Então foi assim que se soube: Sete outras chances havia Para que a Vida houvesse. Era a Vida que insistia Em um Mundo que a descoube Na busca por novos mundos Em que ela, Vida, coubesse. Tudo o que a Vida queria Era somente que o Mundo Em que ela

Pão e poesia

2020-12-03T16:34:12-03:00terça-feira, 21 de fevereiro de 2017|

Houve tempo em que eu sonhava um tempo infinito para pão e  poesia. Batizei o lugar desse tempo panis et circenses e era isso todo o necessário, pois que com isso se alimenta estômago e alma. Eis que, talvez, esse tempo infinito não haja e tenha mesmo que me virar com os tempos

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