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Lótus

2020-12-03T16:35:26-03:00segunda-feira, 28 de dezembro de 2015|

Então fez-se lótus. Em meio à lama, aprofundou suas raízes, buscou nutrir-se. Enquanto durava a noite, mergulhou, recolhendo-se. Manhã chegou - ela sempre há de chegar - e a manhã fez com que se erguesse novamente. Levantou-se das profundezas e guardando em si aquilo que o mergulho lhe havia ensinado,

Found poetry

2020-12-03T16:35:27-03:00domingo, 27 de dezembro de 2015|

Navegando por aí, esbarrei com esta forma de fazer poesia, que virou novo hobby. Passa pela desconstrução de textos originais, em livros antigos. Os textos são parcialmente encobertos por grafismos e o artista/poeta deixa à mostra ou destaca palavras ou trechos, atribuindo novo sentido, criando nova obra sobre a original. Ainda é

No dia depois do Natal

2020-12-03T16:35:28-03:00sábado, 26 de dezembro de 2015|

No dia depois do Natal já era o menino nascido e os abraços e cantos repousavam na memória. No dia depois do Natal a vida seguia seu rumo e o desejo de igualdade e amor ameaçava também descansar. No dia depois do Natal não havia mais brinde, nem festa, nem

Gente humilde

2020-12-03T16:35:29-03:00quarta-feira, 23 de dezembro de 2015|

(Garoto - Chico Buarque - Vinícius de Moraes) Tem certos dias em que eu penso em minha gente E sinto assim todo o meu peito se apertar Porque parece que acontece de repente Como um desejo de eu viver sem me notar Igual a como quando eu passo no subúrbio

Organiza o Natal

2020-12-03T16:35:30-03:00terça-feira, 22 de dezembro de 2015|

(Carlos Drummond de Andrade) Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar

A alegria de rever essa menina

2020-12-03T16:35:31-03:00quinta-feira, 17 de dezembro de 2015|

Diga lá, coração (Gonzaguinha) São coisas dessa vida tão cigana Caminhos como as linhas dessa mão Vontade de chegar E olha eu chegando! E vem essa cigarra no meu peito Já querendo ir cantar noutro lugar. Diga lá, meu coração Da alegria de rever essa menina, E abraçá-la, E beijá-la.

Passagem do ano: um banquete de reflexão

2020-12-03T16:35:32-03:00segunda-feira, 14 de dezembro de 2015|

Temos grandes poetas brasileiros e guardo cá os meus favoritos. É lista pessoal e daqui a pouco descubro que omiti alguém; não peço, então, que concordem com ela. Entre os que preenchem meus dias, Quintana e suas linhas ternas, repletas de humanidade, às vezes de impaciência, até: bondoso, sem ser

Aurora

2020-12-03T16:35:32-03:00sábado, 12 de dezembro de 2015|

Lá vem Aurora, tão linda! A cada aparição escolhe novas vestes. Um rendado aqui, um matiz ali, um pouco de luz nos pontos certos e - ei-la! Vestida com a elegância de que só a simplicidade extrema é capaz. Enfeita-nos os olhos e com seu singelo requinte faz-nos crer: cada

Canção amiga

2020-12-03T16:35:33-03:00quinta-feira, 10 de dezembro de 2015|

Eu preparo uma canção em que minha mãe se reconheça, todas as mães se reconheçam, e que fale como dois olhos. Caminho por uma rua que passa em muitos países. Se não me veem, eu vejo e saúdo velhos amigos. Eu distribuo um segredo como quem ama ou sorri. No

Bandeira da “Fome Não”

2020-12-03T16:35:34-03:00terça-feira, 8 de dezembro de 2015|

JEQUITINHONHA (Amarildo Silva e Paulo Peres) Jequitinhonha Voz na história Prosa risonha Luz e vitória Banindo miséria No chão do sertão No Palco vida Cotidiano Surge atrevida A primavera Beleza da terra Sonho desse chão Que um dia foi mar Mas virou sertão Veredas sem fim Memória arar Futuro na

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