Se você nunca leu um livro de Gabriel García Márquez, coloque isso como um item lá no topo da sua lista de coisas a fazer antes de morrer. Como nenhum de nós tem como saber a data fatídica, faça isso logo. Um excelente começo é ‘O amor nos tempos do cólera’, que narra o amor entre Florentino Ariza e Fermina Daza. Existe um filme que, apesar de ter Javier Bardem no elenco, como Florentino, não chega aos pés do livro.
Separados na juventude, Florentino permanece fiel ao amor de Fermina por décadas. Ela se casa, tem filhos, mas ele, apesar de viver a vida de solteirão convicto – e como vive! – guarda consigo, também, a fé inabalável em seu amor. Uma história belíssima e nada piegas. Aliás, mostrar emoções de forma absolutamente sensível, mas verdadeira e sem nunca resvalar na pieguice é uma das características de Gabriel García Márquez.
O próprio García Márquez afirmava: “’Cem Anos de Solidão’ não é meu livro. Meu livro é ‘O amor nos tempos de cólera’, esse é um livro que vai ficar. ‘Cem anos de solidão’ é um livro mítico e eu não trato de tirar dele mérito algum. Mas ‘O amor nos tempos de cólera’ é um livro humano, com os pés na terra do que somos de verdade.”. Concordo com ele, e olha que amo ‘Cem Anos de Solidão’. Depois de ler vários de seus livros, para mim, ‘O amor nos tempos de cólera’ é o que fica. De vez em quando o releio e, a cada vez, descubro um novo trecho por que me apaixono. É história bonita, triste, divertida, verdadeira, como a vida.
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