Alguns deles matavam rios. Outros acreditavam no lançamento de mísseis e diziam agir em nome da liberdade. Outros tantos revidavam, em nome de um deus sem apreço pela vida. Cegos, surdos e tolos, seguiam incapazes de assimilar as lições do passado. A dor nada lhes ensinava. Havia, porém, aqueles que iam até as fronteiras, levando água aos sedentos, e os que sofriam pelos animais mortos e outros que abriam as portas de suas casas, acolhendo desconhecidos. Alguns poucos pontos de luz resistiam. A esperança agonizava, mas não estava morta.

 

__Mariane Branco.