Chegou à minha estante hoje, mas acho que vai furar a fila. O novo romance de José Eduardo Agualusa, A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663).
É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história, tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.
Da contracapa: “Tão viril quanto o homem mais macho. Uma mulher que nunca se vergava; que não tinha amo nem Deus. Uma mulher que conhecia as artes da guerra, as suas armadilhas e danações, e que ao debater com os seus macotas pensava melhor do que o melhor estrategista, pois sabendo cogitar como um homem, possuía a seu favor a sutil astúcia de Eva”.
Nem comecei a ler e já gostei dessa moça. Tentar, hoje, elogiar uma mulher comparando-a a um homem é desnecessário, senão ofensivo. Mas uma mulher com esse porte, lá no século XVII, é digna de reverência.
A Rainha Ginga/ José Eduardo Agualusa. Rio de Janeiro: ed. Foz, 2015. 240 p.
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