A lua girou
Porque a lua está linda e porque amanhã faz anos que o homem pisou nela pela primeira vez.
Porque a lua está linda e porque amanhã faz anos que o homem pisou nela pela primeira vez.
Não tenho tempo ou interesse para onde não haja alma. Não porque ande rápido demais ou faça viagem desinteressada, mas porque, sim, acredito na alma, e acredito nela porque só acredito naquilo que vejo. Porque olho tudo e quase nada há que me desperte, até que seguro o passo e
Ainda que tudo fosse aridez e desencanto, ainda aí haveria esperança: não vê que os ipês, que são madeira de lei, perdem todas as folhas para explodir em beleza e prenunciar a primavera?
Não, não eram joias os presentes mais brilhantes... até porque, tu bem sabes, as que me mais me agradam não têm lá tanto brilho assim. O presente mais brilhante que me davas vinha de teus olhos, que me entregavam repetidas vezes essa certeza, de ser amada. No brilho dos teus
A moça turista, levada a passeio, deslumbrou-se com as luzes da favela iluminando o breu da noite, na cidade que um dia foi maravilhosa. Diz, mesmo, que foram as luzes o que de mais bonito viu, até então. Pareceu-lhe nuvem de pirilampos formando coroa iluminada sobre a cabeça altiva do morro.
Nous sommes du soleil... We love when we play... Open doors we find our way We look, we see, we smile Surely daybreaks cross our path And stay maybe a while Let them run, let them chase Let them hide between Constant doors will open eyes As life seems like,
Tentou-se, em vão, fazer o criativo caber em uma fôrma e moldá-lo com paredes e arestas, mas o criativo é feito de massa que leveda, multiplica-se a si mesma, transborda da fôrma e quando se vê, a fôrma sumiu, assumiu a forma do criativo (forma que pode até ser disforme a olhos
Gosto de ver Caetano roçando a língua de Camões, que é minha também, e traduzindo meu sentir. Mais que pátria/mátria, quero o mundo, quero o universo e quero interações entre as partículas que se agregam para compô-lo. Quero frátria. Minha língua é minha pátria porque é com minha língua que
Depois eu soube: sonhava. Enquanto não sabia, era real e era a vida de fato vivida. Ele ia à minha frente, como sempre esteve, barba longa, braços abertos, me guiando na estrada. Abria os braços em arco aos céus e me apontava as árvores, os pássaros, as pedras no caminho
Hoje à noite fazia frio em uma esquina de Botafogo onde, sentado em um canto escuro, havia um homem encolhido, vestindo bermuda. Enquanto eu passava, um casal lhe ofereceu um pote com algo que parecia sopa; deram-lhe também uma colher. O desabrigado sorriu, disse que estava mesmo com fome e