Dizem por aí que foi num 20 de julho, em 1969, que o homem conquistou a Lua, mas há quem saiba: homem algum jamais haverá de conquistar a Lua. É ela, alva sereia luminosa no mar da noite, flutuando altiva no céu, que atrai para si homens e marés.  É conquistadora e não conquistada. A Lua não é e nunca foi dos astronautas, dos alquimistas, dos astrônomos ou dos astrólogos. Empresta seu solo apenas aos translúcidos castelos de sonhos dos namorados e dos poetas, que dela fazem seu mundo e por lá vivem, desde que o mundo é mundo.