Não, não eram joias os presentes mais brilhantes… até porque, tu bem sabes, as que me mais me agradam não têm lá tanto brilho assim. O presente mais brilhante que me davas vinha de teus olhos, que me entregavam repetidas vezes essa certeza, de ser amada. No brilho dos teus olhos eu me sentia brilhar… porque ali, naqueles dois pontos brilhantes, eu era mais do que jamais sonhara poder ser. Não, não foi anel. O presente maior que tu me deste foi este: a crença em mim mesma. Porque se tu acreditavas tanto, eu haveria de poder ser: eu acreditava também. Teu olhar me deu, embalada em fitas de  luz, de presente a mim mesma.