Começou improvisada porque eu queria aproveitar um pacote de cookies integrais que estavam guardados há muito tempo, não queria perdê-los para a validade. Não raro, uma receita começa assim: “Tenho estes ingredientes que preciso usar. O que mais tenho em casa que possa gerar uma coisinha gostosa junto deles?”. Então foi mais ou menos assim: triturei um pacote de cookies de cacau no processador e juntei duas colheres (sopa) de manteiga. Misturei bem, forrei o fundo de um refratário e levei ao forno em temperatura média, até assar.

Para a parte “cheese” da história, em uma panela, misturei:
– 1 lata de leite condensado
– 1 ricota pequena triturada
– 3 c (sopa, fartas) de requeijão (podia ser cream cheese)
– 1 c (sobremesa) de amido de milho dissolvido.
– pitadinha de sal

Levei os ingredientes acima ao fogo brando, até engrossar. Retirei do fogo e acrescentei um pouquinho de gelatina incolor dissolvida, misturando bem, para dar consistência. Despejei esse creme sobre o fundo de torta e esperei esfriar um pouco.

Enquanto isso, para a calda de morango:

– 1 1/2 bandejinha de morangos limpos e cortados (uma parte deles eu reservei para acrescentar ao final)
– 5 c (sopa) de açúcar demerara
– 1 xícara de água
– 1 c (sobremesa) de creme de vinagre balsâmico
– 1 c (sobremesa) de mel
– pitadinha de cravo em pó
– pitadinha de canela em pó

Fiz uma calda com a água, o açúcar, o creme de balsâmico, mel e as especiarias. Quando estava fervendo, acrescentei a maior parte dos morangos (reservando uma pequena parte deles). Deixei cozinhando em fogo brando, mexendo de vez em quando, com cuidado para não ferver e derramar. Quando já estava uma calda bem encorpada, virando geleia, acrescentei os morangos restantes (para que estes não ficassem desmanchados como os que entraram no início do cozimento).

Despejei a calda (quase geleia, bem grossinha) sobre o creme branco, esperei esfriar e levei à geladeira.

Foi de improviso, mas ficou bom à beça! Dá uma olhada aí no que você tem à sua volta. Na cozinha, como na vida, a partir do desejo de usar bem um único elemento, podemos acabar criando algo que nos surpreende.