A menina dança sozinha
por um momento.

A menina dança sozinha
com o vento, com o ar, com
o sonho de olhos imensos…

A forma grácil de suas pernas
ele é que as plasma, o seu par
de ar
de vento,
o seu par fantasma…

Menina de olhos imensos,
tu, agora, paras,
mas a mão ainda erguida

segura ainda no ar
o hastil invisível
deste poema!

__Mario Quintana – Esconderijos do Tempo, 1980