O ponto que emenda o dedo do menino: cerzidor.
O ponto onde se espera a pessoa amada: encontro.
O ponto que gradua a esperança da moça: BI-RADS.
O ponto que rotula o trabalho: avaliação.
O ponto que lembra o bordado da tia-mãe-vó: matiz.
O ponto em que a clara vira nuvem: neve.
O ponto onde a dúvida começa a morrer: interrogação.
O ponto de onde se inicia o recomeço: partida.
O ponto em que a curvatura troca de sinal: inflexão.
O ponto em que a mente avalia o coração: reflexão.
O ponto com que a alma se desnuda: exclamação.
O ponto em que o sistema resolve ser outro: cisão.
O ponto que esgota o decréscimo e inicia o crescer: mínimo.
O ponto para onde vai o que não tem limite: infinito.
O ponto em que o I Ching exorta a sombra à luz: mutação.
O ponto em que as ideias colidem: atrito.
O ponto que encerra tudo que esgotou: ponto final.
De ponto em ponto, borda-se a ciranda da vida
na tela que guarda o mistério maior:
quem saberá quais dedos
guiam a agulha que tece a trama?
Bordado: Matizes Dumont
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