E apesar de tudo o que possa parecer ruir ao redor,  há sempre a possibilidade de se escolher o belo, de se escolher o bem, de se escolher a luz. Inocência? Não, de forma alguma. Inocência seria não se dar conta da existência do reverso disso. Escolher o que é bom, o que faz vibrar bem, a despeito de se ter consciência de que existe todo o resto, é próprio dos que conseguem transcender, dos que conseguem transmutar. É a matéria de que se formam as almas iluminadas, essas que derramam pontos de luz sobre cotidianos soturnos.

Imagem: Kinga Britschgi