Eu sou maior defensora da indústria nacional no que ela produz de bom, mas no caso de fondue, precisamos admitir, há um longo caminho a ser percorrido pelos fabricantes locais. Nunca comi fondue industrializado nacional que não parecesse polenguinho derretido e olha que eu adoro polenguinho, mas uma panela inteira de polenguinho derretido, acredite, é um enjoo só. Há caixinhas de fondue importado por aí e gosto deles, mas só as melhores marcas (bem caras) são tão boas quanto fondue feito em casa.

Quem ama fondue sabe o drama que é lavar a panela depois do fondue de queijo. Até nisso fondue feito em casa é melhor: a panela do fondue feito em casa é mais fácil de lavar, não fica aquela crosta infeliz agarrada no fundo, aquela que não sai nem depois de molho longo, nem com reza forte (e que me faz pensar que rola algum amido de milho ou fécula de batata ou sei lá o quê, no fondue de caixinha, mesmo os importados). O negócio é tão, tão fácil de preparar e tão, tão delicioso! Friozinho chegou: está aberta a temporada de fondues.

Para duas pessoas:

– 200 g de queijo gruyère
– 200 g de queijo emmental
– 150 ml de vinho branco seco
– 100 ml de kirsch*
– 1 dente de alho
– pimenta-do-reino moída na hora (a gosto)
– noz-moscada ralada na hora (a gosto)
– pão adormecido, cortado em cubos**

Rale os queijos. Esfregue o dente de alho no fundo e nas laterais da panela. Leve a panela ao fogo baixo, e vá derretendo os queijos misturados ao vinho branco e ao kirsch. Acrescente pimenta e noz-moscada. Quando estiver bem lisinho, é hora de cair dentro.

*kirsch é um tipo de aguardente feito à base de cerejas. Se não tiver kirsch, substitua pela mesma quantidade de vinho branco seco, que ainda fica uma delícia.

**São melhores, para fondue, os pães rústicos, de casca bem grossa, que não tenham miolo fofo. Se não tiver pão adormecido, gosto de aquecer os cubos um pouquinho no forno.