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Janeiro do Rio

2017-01-08T11:04:57-02:00sábado, 7 de janeiro de 2017|

Janeiro do Rio é tempo de ver a vida quarando sob o sol, na areia. Em janeiro, no Rio, a vida é suada, oleaginosa, morena com mechas claras de fios que o vento sopra pro olho. A vida corre, pula na água, volta pra areia, dá uma estrela, tira o

Feliz 2017!

2017-12-27T10:52:16-02:00sexta-feira, 30 de dezembro de 2016|

Um mundo novo não se faz com palavras, bem sei, mas palavras podem embrionar atitudes. Um mundo novo não se faz com palavras, mas palavras são pontes para o que se queira entregar ao mundo. Um mundo novo não se faz com palavras, mas há palavras necessárias e à altura

Quase dia de recomeçar

2020-12-03T16:34:17-03:00sexta-feira, 30 de dezembro de 2016|

É quase dia de recomeçar. Mas hoje é dia, amanhã é dia e depois de amanhã é só mais mais um dia de cada um de nós tentarmos fazer que o elefante encontre aquilo de que carece, aquilo de que carecemos. Que possamos prover um pouco de estofo ao elefante,

Pé de poema

2018-06-07T21:00:43-03:00terça-feira, 27 de dezembro de 2016|

Que o poema venha, abra os braços grandes e fortes diante de mim e receba o que transborda, o que não cabe num peito espremido, pequeno para todas as dores que as gentes andam por aí a nos impor que têm que ser sofridas. Não acho que dor seja obrigação

Viver de forma a ter um velório feliz

2016-12-23T15:11:49-02:00quinta-feira, 22 de dezembro de 2016|

Eu tinha meu dia todo planejado: trabalharia pela manhã e faria compras de Natal à tarde. Seria minha primeira tarde mais livre. Quase antevéspera de Natal e eu não tenho um presente sequer comprado. Em outros tempos, eu surtaria com isso. Agora não. Ontem à noite chegou a notícia de

Os sins que queriam ser nãos

2016-12-20T20:42:19-02:00terça-feira, 20 de dezembro de 2016|

Há sins que nascem com dor, a fórceps: queriam ser nãos, então resistem a vir à luz. Assim nasceu meu sim de ontem. A cidade mudou e as amendoeiras não são mais bem-vindas. Ninguém mais se comove com as cores outonais que enfeitam fileiras de canteiros. Agora são exóticas. Faz

Sobre latas, oxidação e o ardor que não sentimos mais

2017-05-16T21:19:38-03:00sábado, 17 de dezembro de 2016|

Ela abre o armário e ameaça me dar uma bronca: "Não dá para comprar um potinho mais novo pra guardar esses temperos, não?!". Não quero. Quero minha latinha velha e cheia de especiarias, a mesma que já guardava as especiarias na casa de minha infância e que me faz viajar

Chuva, luz, dança

2016-12-13T00:22:31-02:00segunda-feira, 12 de dezembro de 2016|

Ah, menina... abre a porta, se joga na chuva e deixa a chuva lavar o que há de triste, o que há de mau. Sente a chuva: fecha os olhos e aprende com a tempestade e com o raio, que traz com ele trovão, que às vezes até a luz

A tristeza que vem de fora

2016-12-07T19:25:54-02:00quarta-feira, 7 de dezembro de 2016|

Prefiro a alegria porque minha alegria eu entendo: sempre sei de onde brota. Alegria vem sempre de dentro. Já tristeza, tem uma que nasce de dentro, todo mundo tem, e com essa tenho aprendido a lidar, todo mundo tem que aprender, ainda que tarde. Mas existe tristeza que vem de

Ferreira Gullar (1930-2016)

2016-12-04T12:01:28-02:00domingo, 4 de dezembro de 2016|

A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia.

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