Ligo cedinho para a irmã, chamando para malhar. Ela me convence a não malhar e, ainda, a fazer pão para ela. Lábia é pra quem tem e aquela ali convence astronauta a comprar terreno na lua, prometendo que o sujeito vai conseguir montar uma fazenda por lá. É caçula e sempre fez todo mundo lá em casa de gato e sapato. Continua fazendo. Mas não saiu de graça, não. Troquei por café e uma tapioquinha com requeijão e geleia de morango “semilight” que ela fez.

Na permuta, teve também trilha sonora, sugestão dela:

 Como fazer pão é um negócio que exercita a paz e a tranquilidade, tudo a ver. Há estudos que mostram que bichos curtem música. Já vi vacas de uma fazenda baterem recorde de produção de leite num dia em que fizerem um concerto em seu curral, lá no Festival do Vale do Café. Outros mostram associação entre crescimento de plantas e trilha sonora. Estou quase convencida de que, com comida, rola uma associação significativa também. Na verdade, a música influencia o astral do cozinheiro e, daí, acaba influenciando a comida. Funcionou, o pão ficou bonitão.

A receita sai rapidinho, foi feita enquanto a gente papeava e preparava o café da manhã. Já ensinei aqui. Chegou a hora de cada uma se ajeitar para o trabalho e decidimos deixar o pão crescendo ao longo do dia. Foi assado agora à noite, então a massa ficou bem leve.

Saldo: malhação, zero. Calorias? Deixa pra lá, ‘bora mudar o rumo dessa prosa…